contra escola municipal Tasso da Silveira,
em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)
A Polícia Civil divulgou na tarde desta quinta-feira (7) uma lista parcial das vítimas do ataque à escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Veja a lista parcial de vítimas:
1- Karine Chagas de Oliveira, 14 anos
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos
5- Larissa dos Santos Atanázio, (aguardando documento)
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos
7- Luiza Paula da Silveira, 14 anos
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos
9- Géssica Guedes Pereira (aguardando documento)
Ainda falta a identificação de três corpos por parte do IML.
Wellington é ex-aluno da escola onde foi o ataque. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.
A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.
Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola (Presenciou o caso? Envie fotos e vídeos ao VC no G1).
O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial (veja abaixo a declaração, em reportagem do Jornal Hoje).
A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.
Sobrevivente conta como foi
Uma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.
“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que o atirador entrou na escola.
“Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.
O estudante Leonardo Pacheco da Silva, de 16 anos, contou que a irmã, Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos, está desaparecida desde o tiroteio na escola. Segundo ele, a família já esteve no Instituto Médico Legal (IML) e em hospitais da região, mas não encontrou a menina, que estuda na oitava série. “Tenho esperanças dela estar viva, apesar da escola nunca ter tido segurança”, disse.
O morador Leonardo Andrade dos Santos, de 23 anos, contou que ajudou a resgatar pelo menos oito crianças, algumas mortas e outras com vida. Vizinho da escola, ele contou que ouviu os disparos e correu para escola. Lá, ainda segundo Leonardo, ele encontrou Wellington Menezes de Oliveira já morto.
Já uma das alunas da escola, que estava no local no momento do tiroteio, contou que viu quando Wellington entrou nas salas. Segundo a menina, cuja identidade foi preservada, o rapaz usava um colete a prova de balas. Ela contou que, logo após os tiros, os professores pediram para as crianças subirem para o terceiro andar. Em seguida, os professores colocaram cadeiras e armários na porta da sala para tentar impedir a entrada do atirador.